Ambos os artefatos foram encontrados em uma casa queimada para a qual as pessoas haviam retornado após a destruição da cidade. Os arqueólogos acreditam que os selos indicam a restauração da administração na cidade sitiada.

Jerusalém sobreviveu como a capital do Reino da Judéia por cerca de 400 anos, até ser tomada por volta de 597 a.C. pelos babilônios, quando Nabucodonosor fez Zedequias rei. No entanto, ele se rebelou contra o governo central da Babilônia e a retaliação de Nabucodonosor foi brutal.

Dizem que ele assassinou todos os seus descendentes e que os babilônios, sob o comando de seu rei, capturaram as elites judaicas e queimaram Jerusalém e seu templo por volta de 586 a.C.

Então os persas ascenderam e tomaram a região. Em algum momento de sua história, o Grande Rei Ciro libertou os judeus, deixou-os voltar para suas casas e reconstruiu seu templo.

Até agora, só havia esse relato escrito e não havia provas científicas que o corroborassem, embora Jerusalém tenha sido escavada e pesquisada arqueologicamente há cerca de 150 anos. No entanto, dois pequenos artefatos acabam de ser encontrados, um selo babilônico e um local, que parecem ser exatamente isso: evidências de que a cidade se ergue de suas ruínas nos tempos de Esdras e Neemias, livros nos quais são descritos os cuidados de Ciro para com os judeus.

Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá.

Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a Casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém. Esdras 1:2-3.

Os dois artefatos foram encontrados intactos. Eles devem ser de cerca de 2.600 anos, de acordo com arqueólogos da Autoridade Arqueológica de Israel. Eles foram encontrados dentro das ruínas de um edifício carbonizadas desde a época da destruição dos babilônios na cidade de Davi, ao sul do Monte do Templo. A probabilidade de remontarem ao período persa é alta, dizem os pesquisadores.

Os selos foram usados por milhares de anos para marcar e selar literalmente documentos ou recipientes, desde cartas até recipientes de cerâmica contendo vinho ou produtos agrícolas coletados como impostos, por exemplo. Seu objetivo era mostrar ao destinatário que o documento ou frasco havia permanecido selado no caminho até seu destino.